Aleitamento materno
O leite materno é o alimento mais adequado e completo para o recém nascido. É rico em aminoácidos (taurina, cistina) importantes para o crescimento do sistema nervoso central, protege contra doenças infecciosas, pois contém anticorpos, IgA e células de defesa e tem a proporção adequada de proteínas, lipídeos e carboidratos.
O leite dos primeiros dias, o colostro, é um leite mais fluido e em menor quantidade, mas o necessário ao recém nascido que tem o estômago pequeno. É o mais rico em proteínas e fatores imunológicos, que darão proteção a criança. Depois temos o leite de transição e o leite maduro, aonde a produção aumenta (segunda semana pós parto) e torna-se mais concentrado em lipídios e lactose, saciando mais o bebê.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, evitando-se chás, água ou sucos. A partir dessa idade a alimentação complementar será adicionada a dieta: papas de frutas, sucos e papas salgadas.
A produção e descida do leite dependem dos hormônios: prolactina e ocitocina. A ocitocina tem grande influência dos fatores emocionais, e as inseguranças maternas podem inibir a produção desse hormônio, dificultando o aleitamento materno. É necessário um ambiente tranqüilo, sem críticas ou atitudes negativas, para a mãe se sentir confortável e capaz de amamentar. O apoio familiar é sempre importante!
Muitas mães têm dificuldade no processo de amamentação, devido à falta de orientação, a questão cultural, a carga horária de trabalho, a insegurança, ao incômodo que uma pega inadequada pode causar como rachaduras e ingurgitamento dos seios.
Cabe ao pediatra orientar a pega adequada, ouvir os anseios da mãe, entender suas dificuldades e tentar sanar os obstáculos à amamentação, evitando o desmame precoce e garantindo o bom desenvolvimento da criança.
Dra. Carolina Conroy pediatra Primeiros Passos