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Vamos falar de adolescentes...

  • Primeiros Passos
  • 21 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Nos últimos dias, temos ouvido falar muito do Jogo Baleia Azul, um jogo secreto, nas redes sociais, com jogadores na faixa dos 10 a 19 anos, no qual são estabelecidos desafios macabros e o desafio final é o suicídio.

Mas como alguém pode querer jogar isso?

A resposta pode ser seu filho...

Atualmente, sabe-se que o bullying permeia as escolas atingindo desde os mais novos até os adolescentes. O ser humano estabeleceu-se através dos grupos sociais, da comunidade e quando alguém foge ao padrão convencional de pensamento, de imagem, de nível econômico provoca-se a rejeição e exclusão do mesmo. Uma criança de 5 anos, que goste de brincar mais com as meninas ou prefira escutar música ao fazer esportes ou simplesmente goste de seu cabelo comprimido pode sofrer com apelidos, agressões verbais e físicas e não se integrar com as outras crianças. A sensação de solidão e de não pertencimento a um grupo provocará danos de relacionamento, introspecção, medo, insegurança e a própria agressividade com os outros.

Na adolescência o quadro pode ser mais agravante, pois o jovem tem a necessidade de fazer parte de um grupo, ter amigos, ser aceito, contar seus segredos, passar por novas experiências sejam elas boas ou ruins. A adolescência é marcada pela explosão de sentimentos: angústia insegurança, onipotência, desejo, além das mudanças físicas, no próprio corpo, gerando conflitos internos. Surge um comportamento desafiador, questionador, que testa os próprios limites. E se os seus próprios colegas o reprimem, ele vivenciará todo esse fluxo de emoções sozinho.

Alguns adolescentes não sabem lidar com todas essas mudanças de mente e corpo e o bullying só agravará mais a situação, gerando transtornos mentais, como a depressão e a conseqüência pode ser fatal. Outros já têm transtornos mentais: transtorno de ansiedade, depressão, esquizofrenia, transtorno opositivo-desafiador e eles serão expostos principalmente nessa fase da vida. E sim, são esses jovens que representam um grupo de risco ao suicídio, que são jogadores do Baleia Azul e podem estar bem do nosso lado.

Mas podemos falar que nosso filho tem um transtorno? Não irão julgá-lo? O que os outros dirão? É justamente esse tabu que causará a morte de mais um jovem. É o não falar no assunto, é achar que sozinho ele dará conta, que é apenas uma fase ou um drama de adolescente.

O suicídio é a segunda maior causa de morte em jovens em todo mundo e no Brasil teve um aumento de 40% nos últimos dez anos. Devido a isso, seguem algumas orientações aos pais:

1. Diálogo aberto: converse com seu filho, procure entender as angústias sem julgá-las, se interesse pela sua rotina e seus sonhos. Pergunte sobre seu dia na escola.

2. Preste atenção as mudanças de comportamento: filho agressivo, introspectivo, triste, que não sai do quarto, que veste roupas para esconder o corpo. Pode ser sinal de sofrimento.

3. Ambiente seguro: o lar deve ser o lugar que seu filho mais se sinta a vontade. Procurem fazer as refeições juntos, conheça os amigos, deixe-os freqüentarem a sua casa. Transmita confiança.

4. Caso perceba sinais de depressão ou outro transtorno converse com seu filho. E sempre procure ajuda!

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha há 53 anos na prevenção ao suicídio. A entidade atende 24h por dia, no telefone 141, por e-mail ou bate papo na internet, no endereço WWW.cvv.org.br

Dra Carolina Conroy

Email: krolconroy@hotmail.com

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