Combate ao abuso sexual de crianças
O abuso sexual infantil é um tema complicado e bem difícil de ser abordado, não só pelos tabus que o cercam, mas principalmente pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas.
No Brasil, cerca de 95% dos casos essa violência é praticada por pessoas conhecidas das crianças. Em 65% há a participação de pessoas do próprio grupo familiar.
Como a criança não tem pleno entendimento do que está sofrendo, acaba por ficar sem saber como agir ou reagir.
Portanto é fundamental observar a linguagem não-verbal de pedidos de ajuda ou sinalizações de traumas. Mudanças súbitas de comportamento, desenhos e ilustrações com representações gráficas de sexualidade(órgãos genitais, posições sexuais, etc.), desinteresse por atividades que praticava normalmente, retorno a comportamentos infantis como voltar a chupar o dedo ou fazer xixi na cama, demonstração de medos que não possuía antes e uso diferente de palavras para se referir as partes íntimas.
O abuso pode acarretar em graves problemas psicológicos e emocionais, impactando o desenvolvimento social e afetivo da criança e em casos mais graves desenvolvendo transtornos de personalidade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático.
Para proteger nossos pequenos é muito importante estabelecer uma relação de confiança entre pais e filhos, sempre com uma linguagem acessível, compartilhe valores e informações sobre o próprio corpo, informe que ninguém tem a liberdade para tocar nas suas partes íntimas, reforce sempre que você não irá deixá-la e que está sempre disposto a conversar e esclarecer qualquer dúvida que a criança possa ter.
É preciso ficar atento, em alguns casos as crianças verbalizam as experiências e nem sempre acreditam nelas, porém pesquisas apontam que somente 6% dos relatos desse tipo de experiência não são reais!
Se você suspeitar de algo, pode denunciar anonimamente através do Disque 100 (Disque Direitos Humanos), através do 180 ou recorrendo ao Conselho Tutelar.
